A “Celulite” é uma afecção que é erroneamente assim designada. Os nomes técnicos apropriados seriam Fibro-edema gelóide, Paniculopatia fibro-edemato-esclerótica, Síndrome da desarmonia carporal, entre outros tantos. Para simplificar, entretanto, continuaremos a chamá-la celulite, para fins didáticos.



Muito mais comum em mulheres do que em homens, está relacionada a fatores hereditários, constitucionais (da própria pessoa), hormonais e a hábitos de vida. É importante levarmos isto em conta ao falarmos de seu tratamento, já estas particularidades influirão no resultado obtido. Por exemplo, os hábitos alimentares adequados e a atividade física regular e particularizada para a obtenção e manutenção de um resultado satisfatório. Outro fato a considerar, é que como se trata de uma afecção com ”múltiplas causas”, será sempre necessária uma manutenção do tratamento para que o resultado alcançado possa ser mantido.



Definição:
Ao contrário do que muitos pensam, celulite é diferente de gordura localizada! A celulite, na verdade, é um problema circulatório (deficiência da irrigação de micro-vasos que estão sob a pele) que muitas vezes está associada à presença de gordura localizada na região.



Tratamento:
Primeiramente deveremos realizar a história e o exame clínico a fim de estabelecer os fatores que estão levando ao aparecimento da celulite, fazer seu correto diagnóstico e classificá-la. Pode variar de 1º ao 4º graus. De acordo com cada caso, é estabelecido um planejamento terapêutico. Nas celulites de 1º ao 3º graus o tratamento, em geral, é clínico; na de 4º grau, em geral, cirúrgico. Deveremos estabelecer também se existe associação com gordura localizada.



O tratamento clínico consiste em medidas gerais e em medidas específicas. Entre as medidas específicas que utilizamos estão:

Fisioterapêuticas:
Drenagem linfática manual, Endermologia, Ultrassom, Corrente Russa, Eletroporação, Termoterapia e a Desintoxicação vegetal.

  Médicas:
Intradermoterapia e Carboxiterapia.

O tratamento cirúrgico é representado pela Subcisão e pela Lipoaspiração.



O melhor tratamento é, em geral, representado pela associação entre um a dois tratamentos médicos com um a dois tratamentos fisioterápicos, associados a medidas gerais, de acordo com cada caso. A freqüência do tratamento é de duas a três vazes por semana, durante 4 a 8 semanas.

O importante é ressaltar que o tratamento deverá ser individualizado e nunca como “receita de bolo”.